Iniciativa
Em busca de nova oportunidade de trabalho
Dia da Mulher teve ação especial na Agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Pelotas
Foto: Jô Folha - DP - Entrevistas feitas com mulheres no local são somadas a outras oportunidades que empresas oferecem, mas com encaminhamento de currículos para as vagas
O Dia da Mulher teve ação especial na Agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Pelotas, com vagas exclusivas para elas. A maioria, segundo o coordenador Glauber Burkle, era de mulheres que buscavam a recolocação no mercado de trabalho. No total, foram oferecidas 30 vagas, mas a ideia é que outras empresas sigam o mesmo caminho.
A analista de Recursos Humanos de uma rede atacadista nacional de alimentos, Vanessa Piske, fez as entrevistas de interessadas nas vagas na própria sede da Agência do Sine. “Sempre que a gente pode, comparece”, diz Vanessa, citando o perfil da maioria das candidatas: mulheres com mais idade, que buscam voltar ao mercado de trabalho. “Aqui, eu faço um filtro”, explica Vanessa, citando que depois encaminha os currículos para os gestores de cada setor dentro da filial em Pelotas.
Na ação de sexta-feira, uma peculiaridade foi a participação do Centro de Acolhimento à Mulher (CAM) no encaminhamento de mulheres vítimas de violência para que encontrem nova oportunidade de trabalho, obtendo a própria renda. A CAM é ligada à Secretaria Municipal de Assistência Social.
Identificada como Mari, de 44 anos, a portadora de diploma de Ciências Contábeis esperava a sua vez de fazer a entrevista com Vanessa. Depois de trabalhar na sua área de formação, Mari trabalhou no comércio, com faxinas e foi babá, tornando-se dona de casa para criar os filhos. Hoje, depois de sofrer violência doméstica e recebendo atendimento psicológico, com os filhos adultos, ela quer voltar ao mercado formal de trabalho.
Simone, que prefere não usar o próprio nome para contar sua história, também foi encaminhada pelo CAM. Hoje aos 49 anos, também foi vítima de violência. “Na Carteira de Trabalho, tenho poucos registros”, explica Simone, que trabalhou como acompanhante de idosos, doméstica e babá. Hoje, voltou a estudar, cursando o segundo ano do Ensino Médio. “Recomeçar é muito delicado. Precisamos de renda. Mas muitas vezes, ficamos na informalidade”, diz Simone, que completa: “O que aparecer é lucro”.
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